sábado, 5 de novembro de 2011

Garis: faça sol ou faça chuva


                                                         Foto: Andreson Melo

Certa vez li um artigo de um advogado chamado Sérgio Ferreira Pantaleão que é responsável técnico pelo Guia Trabalhista, que falava sobre o uso de equipamento de proteção individual no trabalho (*EPI) no qual ele falava que não bastava fornecer os equipamentos de proteção individual, mas que era preciso também fiscalizar o uso desses materiais.
Com essa fala começo a relatar um fato no mínimo irresponsável que está ocorrendo em União do Palmares, mais uma vez volto a falar de problemas simples de resolver, mas que parecem insolúveis para os administradores dessa ‘bodega’ e que uma cidade como a nossa não deveria está passando, vamos de fato ao que importa, os profissionais responsáveis pela limpeza das ruas, praças, parques e vias públicas de nossa cidade além de ter que encarar sol e chuva do dia a dia para deixar a cidade mais apresentável tem que enfrentar a falta de respeito da administração da cidade para com eles, basta olhar a sua volta e você perceberá a falta de assistência que é dada aos garis, falta de vassouras adequadas, botas, luvas, máscaras, óculos de proteção, capas de chuvas, fardas entre outros equipamentos.
Todo mundo sabe reclamar quando a cidade está suja, mas nunca vi ninguém falando dos ‘maus tratos’ que esses profissionais estão sofrendo, salvo o Andreson Melo que foi quem deu a idéia do texto. Mas o que importa de fato é que numa cidade de quase setenta mil habitantes, os profissionais da limpeza não têm condições mínimas de trabalho, o que tem é apenas um carro de mão velho, um resquício de pá e sobre a vassoura prefiro nem falar.
Vocês caros leitores podem até indagar: Mas e os novos caminhões de lixo que chegaram à cidade? Respondo: caminhão nenhum trabalha só, até pra trabalhar nos caminhões é preciso um treinamento adequado que desconfio muito que esses profissionais tenham, sem falar na questão da **insalubridade que aí já são outros quinhentos, mas a questão é que todos que trabalham com algum tipo de risco precisam mais do que nunca usar os EPI’s.
Apesar do desleixo da população e até dos próprios trabalhadores que talvez nem saibam que o uso desses equipamentos é um direito deles, faço um apelo às autoridades desse município que apesar de ser chamado de a capital da zona da mata, ainda engatinha e de uma forma muito lenta para o que consideramos uma cidade modelo, pois não adianta querer resolver problemas considerados grandes sem primeiro reparar os considerados menores, pois são esses problemas menores que acarretarão na nossa permanência nesse definhamento que nossa cidade se encontra.


* “EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua segurança e a sua saúde”. Sérgio Ferreira Pantaleão

** Segundo a CLT, é considerada atividade insalubre aquela em que o trabalhador é exposto a agentes nocivos à saúde acima dos limites tolerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Igor Euclides Monteiro

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