sábado, 25 de fevereiro de 2012

União dos Palmares, terra do quê?



Começo o post com um fragmento de outra publicação feita pelo José Minervino que foi postada há um tempo: “Já se foi o tempo em que dormíamos de portas abertas no verão por conta do calor. Hoje, compramos condicionadores de ar. E portões enormes. E aumentamos o muro, colocamos cerca elétrica e cachorro brabo. Não adianta. O jeito é contar com a sorte. Ou com a esperteza ingênua de dar um trocado ao marginal para mais tarde ele não levar tudo. É uma realidade estranha, onde quem deveria estar preso é livre.”
Pois bem, essa é a realidade de quem vivem em União dos Palmares que é conhecida como a terra da liberdade, (terra do quê? DA LIBERDADE!) Mas não é isso que a população acha e sente nos últimos meses, já escrevi um texto sobre segurança pública aqui, mas acho que não surtiu efeito e como não custa tentar, lá vai mais um balde de água fria, pois a situação está insustentável.
Nos últimos sete dias ocorreram sete homicídios e uma onda de assaltos em nossa cidade e o pior, não vimos nenhuma providência ser tomada, estamos presos em nossas casas e ficamos a nos perguntar, até quando ficaremos a mercê de marginais que roubam e matam sem nenhuma preocupação? E essa resposta tem que ser dada logo, pela polícia, pela secretaria de segurança ou pela prefeitura, pois do jeito que está é que não pode ficar e se essa resposta não vem, não podemos ficar parados esperando a próxima vítimaQuantas vidas terão que ser tiradas para podermos ver que isso não pode mais continuar assim? Não vamos esperar algum familiar nosso, ou algum de nós mesmos sermos vítimas dessa violência que assola União dos Palmares para tomarmos alguma atitude, é hora de pensar e agir o quanto antes, chega de derramamento de sangue, chega de viver com medo de sair de casa.
A repetição gera cansaço e é assim que me sinto, cansado, uma voz solitária que não está sendo ouvida (acho), mas a repetição gera também uma coisa chamada rotina e é a essa rotina que me apego, pois não pretendo parar por aqui, pelo contrário, já que as autoridades não estão dando conta do recado e não dão nenhuma explicação para população, não sou eu que vou ficar parado esperando a situação ficar mais caótica, vamos em busca dos nossos direitos, temos que mostrar essa insatisfação que não é só minha, mas de todos os palmarinos e quem sabe assim esses problemas sejam vistos como problemas de verdade e as autoridades reflitam melhor e procurem uma solução plausível.  Abaixo tem um trecho da música O Calibre da banda Os Paralamas do Sucesso que retrata bem como eu e você está se sentindo aqui em União dos Palmares.

“Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo, sem saber o calibre do perigo, eu não sei d'aonde vem o tiro. Por que caminhos você vai e volta? Aonde você nunca vai? Em que esquinas você nunca pára? A que horas você nunca sai? Há quanto tempo você sente medo? Quantos amigos você já perdeu? Entrincheirado, vivendo em segredo e ainda diz que não é problema seu. E a vida já não é mais vida no caos ninguém é cidadão, as promessas foram esquecidas, não há estado não há mais nação. Perdido em números de guerra, rezando por dias de paz, não vê que a sua vida aqui se encerra com uma nota curta nos jornais...”         
  Ao ler o fragmento da música, pare um pouco e reflita sobre o que você pode fazer para sanar esse problema, é claro que não vamos sair por aí querendo resolver as coisas com as próprias mãos, pois violência gera violência e é claro que sairíamos mal nessa história, mas podemos juntos tentar dar um chá de “simancol” aos que deveriam resolver essa situação.



Igor Euclides Monteiro

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mais-valia

Mais-valia é o termo famosamente empregado por Karl Marx à diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista. (Wikipédia)


Ou, como diria Zeca Baleiro:

Ele roubava o que eu mais valia
E eu não gosto de ladrão
Ninguém pode pagar
Nem pela vida mais vazia...






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PS.: Gostaria muito de saber de quem é a autoria da tira. Esta aí foi redesenhada, já que a que circulava antes tinha um traço mais grosseiro e era pouco nítida.